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Sábado, 03.08.13

Desabafo da maricas do cabelo

Esta semana foi dia de cabeleireiro. Não gosto de cabeleireiro. Devo ser a única mulher no mundo que não relaxa e aprecia a experiência de ir ao cabeleireiro. Não gosto da massagem a lavar a cabeça (detesto, aliás), não gosto das cadeiras nem dos cremes nem de estar lá a perder o meu tempo com conversas...mas, para piorar o cenário, sou esquisita com o cabelo. Só quero "aquela pessoa" para o corte e "aquela pessoa" para a tinta e sou, resumindo, uma maricas do cabelo.

Mas para mim o cabeleireiro é uma coisa que tem que ser, como a depilação. Não vale a pena não gostar porque não deixo que me cortem o cabelo em casa e até aceito todas essas coisas das quais não gosto no cabeleireiro pela necessidade que tenho de lá ir. 

Mas.... se há coisas que me irritam um bocado é a pressão exercida no cabeleireiro para cremes, espumas, shampôos e tudo o que o nosso cabelo precisa desesperadamente naquele momento e que parece que sem elas, vai cair.

Já tive várias peripécias de "não quero creme, obg", "lave com o shampôo normal por favor", "não, não quero um tratamento intensivo ao couro cabeludo" e "laaaaaasrguem-meeee as unhas!!! Se quisesse arranjar as unhas chegava e dizia que vinha arranjar as unhas!!!"

Mas com estas coisas ainda não fervo... O que me ferve o sangue é chegar à conta no final e ver que cobraram cremes e cenas das quais não me deram conhecimento... ISSO é que me deixa possuída!!! 
Da última vez recebi a conta, fiquei incrédula e nem consegui reagir... cheguei a casa e descarreguei no marido e nos telefones... Ai sinhor que ninguém me segurava...marido (coitado que levou com a tempestade em cima) ainda disse "mas está giro!!!" E eu "não é isso!!! O problema é que me enganaram com os cremes e o preço das californianas e matização e nuances e essas coisas..." Fiquei doida!!! Disse que ia lá voltar e que me iam corrigir isto porque tinham sido desonestos e que eu não iria pagar"
Marido (na sua calma): "vais ver que gostas daqui a uns dias..."

Daí a uns dias voltei. Voltei com a tromba número 7 e disse que não estava satisfeita com o trabalho mas que compreendia que a técnica era assim e se calhar até a sra tinha sido profissional nesse aspecto mas eu é que não "me conseguia ver ao espelho". Quando o outro senhor disse que se poderia corrigir a situação com isto e aquilo, ai meninas, eu mostrei as garras e disse "mas quero saber exactamente quanto vou pagar antes de me sentar na cadeira porque se me voltarem a fazer o que fizeram da última vez (e contei dos produtos que me cobraram sem dizer), vou já a outro sítio." O rapaz (que não deve estar habituado a estas vidas porque nos cabeleireiros chiques as pessoas não perguntam quanto vão pagar porque têm vergonha) disse logo "Por favor, não vai pagar nada!" e o assunto resolveu-se.

Desta vez, coincidência (ou mesmo nenhuma) foram todos super simpáticos e ninguém me colocou cremes sem me perguntar se eu queria e quanto cobravam por eles. Eu disse: "da última vez fiquei mesmo aborrecida" e a moça (que nem a vi da última vez) disse: "Eu sei." Uiiiiiiiiii!!!!! Fiquei famosa ali!
Pronto. Pode ser foleiro perguntar quanto custa isto ou aquilo ou dizer que não se quer gastar tanto dinheiro numa futilidade como o cabelo mas para mim, foleiro é a desonestidade seja num cabeleireiro de esquina ou num que tenha um grande lustre no tecto.

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por oturnodanoite às 17:40

Sexta-feira, 02.08.13

2º trimestre: a revelação

Fui daquelas meninas que não quis contar logo que estava grávida. pronto. Foram vários os motivos que me levaram a "esconder"a  gravidez (nenhum deles realmente importante) mas entre eles estava ter tido uma pseudo-má-experiência no passado, ter decidido ir dançar grávida de 10 semanas e ter a viagem marcada para a Turquia e não me apetecer estar a ouvir coisas do tipo: "Vais dançar??? Tu vê lá!!!! Olha que não deverias ir dançar!!" ou "Vais à Turquia???!!! Aquilo é tipo o Iémen!! Olha que te vais dar mal!"

Eu até podia dizer que não importo nada com o que as pessoas dizem, mas importo. Importo porque muitas coisas destas que me poderiam dizer iriam incomodar-me, amedrontar-me (mais) e sobretudo, não iriam ajudar ou fazer-me mudar de planos.

Achar que sei o que as pessoas me iriam dizer pode parecer presunção mas eu conheço as pessoas com quem lido...e na verdade, quando as pessoas souberam que estava grávida disseram-me logo "Mas não foste dançar? Estás maluca!" E outras "E foste à Turquia? Porque não cancelaste? Ainda por cima apanhaste lá o grande terramoto!!! Ai tu!!! És maluca!!" (Sim, fui eu que planei o terramoto, obrigada, é um talento escondido)

 

E pronto. Assim evitei estes comentários (pelo menos antes de cumprir os planos) e lá fui eu...com os meus medinhos, mas sempre a seguir os meus planos. Se a médica tinha dito "Pode ir!" e "Pode dançar" então eu fui e eu dancei.   

 

Só depois destas peripécias é que disse à maioria das pessoas que estava grávida. Foi como se tivesse feito o teste nesse dia...as felicitações (realmente sentidas porque dá para perceber perfeitamente), a oferta de  roupas de grávida, coisas de bebé, 30 mil conselhos de gravidez e, como não poderia deixar de ser, a partilha da história de cada uma que já teve bebé...não é necessariamente mau mas é preciso ter um bom filtro para esta última parte....

 

E assim se passou um trimestre...a engordar pouco porque não podia comer açúcares, a trabalhar até às 26 semanas de gravidez e a começar a sentir as atenções das pessoas, o bebé a mexer e a crescer e a ideia de ser mãe a formar-se lentamente....

 

Apesar da gravidez fisicamente tranquila, tinha medo. Algumas pessoas aperceberam-se mais que outras mas as minhas próximas viveram tudo isto comigo.... Medo de que alguma coisa corresse mal...medo de criar demasiadas expectativas e sobretudo tentar lutar contra tudo isto...porque é suposto as grávidas estarem sempre bem, sempre felizes e "nas núvens" e nem lhes ocorrer que alguma coisa pode correr mal (quando manifestava um medo ouvia assim "Creeeedo!!! Não penses nessas coisas!!!")...só me lembro de uma amiga dizer aquilo que ninguém tem coragem de repetir :"Estado de graça?? É um pesadelo!!!" disse-o um pouco a brincar, eu sei...mas com um toque de verdade associado a todos os medos que as grávidas têm e escondem para si...

 

Não sei se sou uma pessoa negativa ou contida por não ter partilhado logo a novidade (partilhei aos 5 meses) nem andar a comprar coisinhas de bebé que nem louca...não condeno quem o faz mas eu não o fiz. Não senti necessidade de partilhar imediatamente com o mundo inteiro a gravidez nem me parece prudente comprar logo tudo sem me informar convenientemente das coisas, depois há tempo! Há tempo para fazer tudo com calma. 

 

Foi só no último trimestre que fiz as compras, tinha 6 roupinhas de recém-nascido e 3 pacotes de fraldas em casa, banheira, carrinho, termómetro e algumas dessas mariquices. Quando o meu bebé nasceu não lhe faltou nada. Ainda bem que não andei na azáfama das coisinhas durante 9 meses. Eu sei, eu sei que para as outras essa é a parte boa da gravidez mas para mim, bastava-me senti-lo mexer. Parecia um pequeno alien na barriga...

 

No fim deste trimestre fiquei em casa para que as contracções diminuissem. Gostava de ficar no sofá, após o almoço, a dormitar e a senti-lo mexer na barriga....pensava: "como é que é possível isto estar a acontecer? Uma pessoa inteira dentro de mim...que vai sair e será uma pessoa independente um dia..única..."

 

Foi neste trimestre que, a fazer a eco morfológica apareceu um bebé de pernas abertas....e uma pilinha espetada para cima que se via tão bem...era um rapaz!

 

 

 

 

 

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por oturnodanoite às 15:29

Quinta-feira, 01.08.13

Planos

A decorrer...

 

- Últimos lanches com amigas, passeios tranquilos e praia com bebé antes de começar a trabalhar (depois a trabalhar não será a mesma coisa...)

- Adaptação de bebé à bábá :)

- Últimas compras de saldos (parece que ainda nem fiz nenhumas...big, big, big wish list)

- Preparação para o casório da amiga (inclui cabelos, unhas, outfit a dobrar (baby) e depilações...)

- Curso intensivo de bachata (assim....do melhor...o que vai complicar em setembro na hora de escolher a modalidade do próximo ano)

- Fazer sopa, muita sopa (não é assim um belo projecto mas é aquilo que está a decorrer neste momento...)

 

 

Planos a (muito) curto prazo:

 

- Planear próximas férias porque estar de licença um ano merece férias :)

- Comprar parque de bebé porque ele começou a gatinhar e ai-cum-caneco que ainda se magoa a sério e me dá conta do gato

- Entrar na especialidade e (efectivamente) fazê-la

- Fazer o refresh do Curso de Suporte Básico de Vida Pediátrico com a nanny e esperar que ela goste

- Manter o blog com alguma regularidade sem ser só aquela motivação de "vamos lá fazer posts todos os dias e daqui a um mês não faço nada"

- Fazer sopa....muita sopa

 

 

Tenho a sensação que não vou ter tempo para ir trabalhar....poderei ficar mais um...assim tipo....aninho...em casa? O que é que vai fazer à economia do país? Despenteá-la??

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por oturnodanoite às 10:07

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